Escrito por Saraiva    Qua, 30 de Julho de 2014 13:01    Imprimir
Jovem morto a tiros dentro da Loja Smartcenter na Zona Leste de Teresina era "inocente"

O jovem morto a tiros dentro da Loja Smartcenter, na Avenida Presidente Kennedy, na Zona Leste de Teresina-PI, na noite da segunda-feira passada, dia 28 de julho deste ano (2014), era um inocente e foi morto por engano. É o que garante a família de Ascheli Rafael Ramos de Castro. Mas conhecido com Rafael, ele tinha 24 anos de idade, iria completar 25 na próxima semana, dia 8 de agosto e era casado com Inês Martins Ramos.

Inês Ramos foi à redação do ao 180graus acompanhada do sogro, seu Antônio Donato, e da cunhada, Abigail Ramos, pai e irmã de Rafael, e pediram espaço para desmentir tudo que foi informado a respeito do caso. Segundo conta Inês, que tem 23 anos, Rafael era um "homem sério, trabalhador e honesto". Eles moravam no Bairro Alto da Ressurreição, na Zona Sudeste de Teresina-PI. Não tinham filhos porque ela perdera um bebê há algum tempo, quando engravidou de Rafael. Ele, no entanto, já tinha um filho, de outro relacionamento. Ela contou como tudo aconteceu.

ERA INOCENTE

Rafael trabalhava na empresa Servaz, que prestava serviços gerais para o Comercial Carvalho da Avenida Kennedy, na Zona Leste de Teresina, que fica a poucos metros da Loja Smartenter. "Na segunda-feira passada, por volta das 18 horas, ele tinha me dito que ia comprar uma capa de celular para mim. Saiu do trabalho e foi para essa loja. Comprou e acredito que na hora de tirar o dinheiro o segurança o confundiu pensando que ele era bandido. É que ele (Rafael) colocava a bolsa sempre dentro das calças, na parte da frente. Eu acho que o segurança pensava que ele ia era sacar uma arma", afirmou Inês.

Veja como o jovem caiu já sem vida dentro da loja

QUEM MATOU RAFAEL?
Para a família, quem atirou em Rafael foi o segurança da loja. No entanto, os proprietários da 'Smartcenter' garantem que foi a reação de um cliente, que teria percebido que Rafael era um bandido e decidiu reagir, matando-o. O estranho é que não foi identificado como policial e mesmo assim tinha posse de uma arma. A Delegacia de Homicídios é quem está cuidando do caso. "Mas meu marido era inocente. Eu tenho certeza que ele nunca foi ali para aquela loja para cometer assalto. Como é que uma pessoa vai cometer um assalto e tranca a moto do lado de fora, tira o capacete e, o principal, não tinha nenhuma arma com ele?! Mataram meu marido covardemente. É um absurdo...", lamenta ela, chorando.

Veja como ficou a movimentação na frente da loja no dia do crime

COMO TUDO ACONTECEU
Segundo a versão da família, que já esteve na delegacia, Rafael teria chegado por volta das 19h em frente à Loja Smartcenter, localizada à Avenida Kennedy, Zona Leste, quase em frente ao Supermercado Extra. Estacionou a sua moto, uma Honda de placas LVP-1345 (PI) e entrou na loja procurando por uma capinha de celular. Escolheu e na hora de pagar foi tirar a carteira de dentro das calças, que estava na frente. Um homem, que teria sido o segurança, reagiu e efetuou três disparos. Dois na costa e um no rosto. Rafael morreu na hora. A perícia só chegou por volta das 21h e o corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) já quase as 22h. Para os proprietários da loja, Rafael entrou como suspeito, teria discutido com um homem, que seria cliente, e este percebeu que ele iria assaltar e efetuou os disparos.

Familiares afirmam que Rafael foi confundido por ter tirado a carteira de dentro das calças

FAMÍLIA QUER PROCESSAR
Para a irmã de Rafael, Abigail Ramos, ele só foi confundido com um bandido porque não chegou na loja em um "carrão de luxo" e o grande erro dele foi ter colocado a carteira dentro das calças na parte da frente e não no bolso. "A mamãe vivia brigando com ele por causa disso. Mas ele teimoso vivia com a bolsa ali. Dizia que era ruim pra andar de moto com a bolsa no bolso de trás. Acho que o segurança viu ele metendo a mão ali e pensava que ele ia era puxar uma arma. Mas tá provado que ele nem andava armado. Já fomos na delegacia e o próprio delegado da Homicídios disse que ele não tinha antecedentes, não tinha arma e não entrou ali para assaltar coisa nenhuma", esbraveja a irmã.

Antônio disse que quer justiça para o caso do seu filho Rafael que era um homem de bem

Para o pai de Rafael, seu Antônio Donato, alguém tem que pagar pela vida de seu filho. "Vamos atrás de tudo que for do nosso direito. Mataram um menino bom. O Rafael nunca fez mal a ninguém. Trabalhava, era um homem direito. Depois que passar isso tudo, sofremos no IML, no velório, aí vamos atrás de advogados para processar a empresa, todos que erraram e colocaram meu filho como assaltante e tiraram a vida dele. Isso não vai ficar assim". Com informações do 180graus.

 

Última atualização ( Qua, 30 de Julho de 2014 13:13 )