O candidato a deputado estadual Antônio Carlos Soares, o Índio (PSC-PI), faltou ao teste no qual deveria comprovar que sabe ler e escrever. A condição foi imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que ele continuasse na disputa das eleições de 2014, no Estado do Piauí. Segundo o partido, Índio desistiu da campanha.

Francisco Juriti, assessor da campanha do candidato a governador Mão Santa (PSC), informou que Índio desistiu da campanha e apenas aguardará que a Justiça Eleitoral confirme o indeferimento de sua candidatura. Índio teve o registro de candidatura negado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI), que exigiu comprovação de que o mesmo era alfabetizado. O PSC recorreu da decisão alegando que Índio assinou documento alegando ter cursado até a quarta série primária.

Ainda no dia 22 de agosto, o ministro Henrique Neves da Silva, do TSE, decidiu anular a decisão do TRE-PI e determinar que Índio "firme declaração de próprio punho e leia o respectivo conteúdo, na presença de servidor da Justiça Eleitoral, ou, caso assim se entenda, seja procedido um teste, em caráter individual e reservado". O caso voltou para o Piauí. No dia 15 de setembro, o juiz José Gonzaga Carneiro deu prazo de 72 horas para que o candidato comparecesse ao TRE-PI para firmar declaração de próprio punho e ler o seu conteúdo. O prazo terminou e na última sexta-feira (19 de setembro) o mesmo juiz encaminhou o processo ao Procurador Regional Eleitoral, Kelston Lages informando que "o candidato não compareceu para prestar a declaração de escolaridade na forma determinada pelo TSE". O Ministério Público já encaminhou sua manifestação sobre o caso, que deve ser julgado novamente pelo TRE-PI nos próximos dias. Com a ausência do candidato no teste, a tendência é que o Tribunal Regional Eleitoral do Piauí mantenha o indeferimento de sua candidatura.