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Estudantes narram cenas de terror na Custódia e pedem psicólogo |
![]() Seis dos oito manifestantes presos durante as manifestações contra o aumento da passagem de ônibus compareceram à entrevista coletiva no Sindicato dos Correios. Eles foram soltos ontem, após passarem dois dias na Casa de Custódia e Penitenciária Feminina. Os manifestantes relataram as agressões sofridas dentro dos presídios e afirmaram que estão traumatizados e que precisam de psicólogos.
Relatos das horas no presídio Segundo os estudantes, foram proferidas por policiais militares e agentes penitenciários frases de efeitos ameaçadoras, como: “bem-vindos ao inferno” e “se olhar pra mim apanha”.
Momento das prisões Todos os manifestantes presentes na coletiva afirmaram que não deram motivos para serem presos. Um deles, Antônio Wilson, garantiu que não havia chegado a participar dos protestos. "Eu não participei nenhum dia, mas a Frei Serafim era rota obrigatória para minha volta para casa depois da aula. No dia que fui preso, tinha avistado um homem com o olho sangrando e fui ajudar. Depois comecei a filmar e veio um PM querendo me impedir. Já foi logo me levando preso, sem perguntar nada". Já Álamo contou que participou do movimento, mas disse que já estava voltando para casa quando foi abordado pela polícia. "Eu já estava no mototáxi, indo para casa. Aí chegou um PM, me deitou no asfalto e me revistou. Ele disse que já tinha prova contra mim". O estudante acrescentou que jamais ajudou em depredações ou agressões.
Faltas Dois dos manifestantes, por temerem represália, foram orientados por seus advogados a não comparecerem, já que o alvará de soltura proíbe a participação em manifestação. Os advogados acreditam que possam interpretar a coletiva como uma manifestação. A informação foi dada pela organização da coletiva. A coletiva estava prevista para as 11h, mas começou pouco mais de meio-dia. Persistência A manifestante Socorro Santana garantiu que nenhum dos presentes na coletiva vai deixar de participar do movimento estudantil, apesar da condição imposta pela justiça para a liberação dos presos. "Eu não tenho medo, vou até o fim. O movimento não vai se intimidar", destacou a funcionária pública.
Fonte: Cidadeverde.com |