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| Caso Delson: Um mês depois, jovem segue desaparecido |
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Nesta terça-feira (15/11) completa-se um mês do desaparecimento do fotógrafo Delson Castelo Branco. Dono do site Galera Show, que faz a cobertura fotográfica de festas na capital, ele foi visto pela última vez em um posto de gasolina na zona Sudeste da cidade. Delson saiu de casa, na sua moto, e até a manhã de hoje, não mais deu notícias. Na noite do dia 15 de outubro, Delson saiu de casa para mais uma de suas coberturas, que desta vez aconteceria no clube Forró na Chácara, no Tancredo Neves. Porém, somente na segunda-feira (17) é que a família denunciou seu desaparecimento. Após insistentemente ligar para o celular do fotógrafo, a família decidiu acionar a polícia dando-o como desaparecido. O celular de Delson permaneceu ligado até às 12h daquela segunda-feira, mas nenhuma das ligações foram atendidas. A família desde então não teve mais informações sobre o paradeiro do fotógrafo. De lá para cá, a polícia continua investigando o sumiço de Delson. Ainda não há sequer confirmação de que ele esteja vivo.
CASO JÁ PASSOU POR TRÊS DELEGADOS Inicialmente, a delegada Daniela Barros, do Serviço de Operações Especiais (SOE), mas ela teve de entrar de férias já agendadas e o caso foi passado para o delegado João Marcelo. Dias depois, as investigações já estavam sendo comandadas por outro delegado. Titular da Delegacia dos Direitos Humanos, o ex-CICO, delegado Carlos César foi designado pelo delegado geral James Guerra para as investigações.
Por telefone Carlos César disse ao 180graus que a ausência de informações sobre o que está sendo feito pelos investigadores se dá por uma questão de prudência. “Não falei e nem vou falar nada do que estamos fazendo para não atrapalhar o andamento do nosso trabalho. A polícia está trabalhando, mas prefiro não dizer o que está sendo feito. Mas estamos em diligências”, disse. TRAFICANTES E POLICIAIS TERIAM SIDO OUVIDOS Há a informação de que nas investigações sobre a morte de Delson, algumas pessoas já foram ouvidas além dos familiares e amigos. Entre os testemunhos estaria o de um traficante de drogas e também de um policial que já foi afastado e expulso da polícia civil, mas teria retornado após decisão judicial. Há assim, a suspeita de que o sumiço de Delson possa estar relacionado com o tráfico, mas as informações não são confirmadas pela polícia. Nos trabalhos de investigação também já foi pedido a quebra do sigilo telefônico de Delson, mas as informações levantadas não foram suficientes. DELSON REAGIA A ASSALTOS E AMEAÇA DE MORTE Mesmo sendo uma pessoa de “paz”, por ter um porte físico um pouco avantajado, Delson costumava reagir à assaltos, como contou a família. Isso é porque uma das suspeitas da família é de que ele tenha sido vitima de assalto. Delson andava em uma moto Yamaha 600 cilindradas, modelo novo, muito bonita, daí a suspeita. Mas até agora nem mesmo a moto foi localizada. Outra informação que a polícia teve acesso, através da família de Delson, é sobre dois telefonemas que ele recebeu há pouco mais de dois anos com ameaças de morte. A família diz, que na época, Delson não deu muita importância e disse pensar que poderia ser algo de seus concorrentes, que segundo o próprio fotógrafo, “tinham inveja dele”.
DOIS CORPOS JÁ FORAM RECONHECIDOS Neste mês, por duas vezes a família de Delson foi chamada para reconhecer corpos de pessoas encontradas mortas. A primeira delas foi para um corpo encontrado na zona Rural de Timon. Em estado de decomposição, os familiares foram ao IML no Maranhão, mas ali não se tratava do fotógrafo. O outro corpo foi o de um homem encontrado amordaçado e amarrado em uma cidade próxima à Fortaleza. A delegada Andreia Magalhães foi até a capital cearense, mas o corpo era de uma pessoa fumante, sendo assim, não era de Delson. IRMÃ DIZ: ‘MINHA ESPERANÇA É MUITO POUCA’ A falta de informações sobre Delson há um mês tem tirado o sono da família do fotógrafo, que morava no bairro Macaúba, zona Sul de Teresina. Eles vivem da espera. Segundo a irmã de Delson, Francisca Castelo Branco, que na tarde desta segunda (14/11) foi ao psicólogo para acompanhamento, até mesmo remédios para dormir estão sendo usados pela família. “Estamos sofrendo com esta falta de noticia e esperamos o trabalho da polícia. A gente já não agüenta mais. Sobre encontrá-lo vivo, as minhas esperanças são muito poucas. Minha mãe ainda acredita que ele possa estar vivo, mas estamos desesperados”, disse Francisca.
SITE ‘GALERA SHOW’ ESTÁ SEM ATUALIZAÇÃO O site de Delson está parado desde o seu desaparecimento. O último álbum de fotos de cobertura foi postado ainda seis dias antes de seu desaparecimento. Quem acessa o “Galera Show” primeiro encontrar uma mensagem, informando sobre o desaparecimento do fotógrafo e pedidos de informação.
OS ÚLTIMOS PASSOS DE DELSON O fotografo saiu de casa na noite do dia 15 por volta de 20h30, dizendo que ia para mais uma de suas coberturas. Antes disso, iria passar na casa de um amigo para pegá-lo e dar uma carona. Eles teriam chegado na festa por volta de 21h30 a 22h. Lá ficou e foi visto por amigos até às 3h30, quando saiu para o posto Todos os Santos II, que fica a quase 300m da casa de shows. Ficou no local com amigos em um bar que funciona no posto até por volta de 4h30 ou 5h da madrugada, não se sabe ao certo. De lá não há mais noticias. A família pede que qualquer informação sobre o fotografo, que seja repassada aos telefones (86) 99719010 e (86) 88519010.
Fonte: 180graus.com
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