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Delegado andava de colete a prova de balas na Delegacia de Camocim por temer ameaças |
![]() Três policiais foram mortos a tiros enquanto dormiam. Um quarto policial que estava de plantão também foi morto. Os policiais mortos na chacina foram os escrivães Antônio José Rodrigues Miranda, Francisco dos Santos Pereira, conhecido como Chicão; Antônio Cláudio dos Santos e o inspetor Gabriel de Sousa Ferreira, que era piauiense de Teresina.
Foto: Reprodução
O suspeito da chacina, o inspetor Antônio Alves Dourado, está preso. Após o crime, ele gravou um vídeo reclamando da escala de trabalho e dizendo que "destruiu esposas e filhos de colegas". “Há quatro dias que eu estou andando de colete [à prova de balas] pra cima e pra baixo. Ele [o suspeito] não dava trégua aos colegas. Afrontava e queria me derrubar a qualquer custo", disse o delegado Adriano Zeferino de Vasconcelos, titular da Delegacia de Polícia Civil em Camocim, onde ocorreu a chacina. Vasconcelos disse que não questionou o inspetor sobre o comportamento para não afrontá-lo, mas avaliava transferi-lo de unidade. Segundo o delegado, o inspetor Dourado sempre deu problema nas delegacias onde trabalhou. O relato foi repetido à reportagem por outros policiais civis, que também disseram que o inspetor andava estranho ultimamente.
Foto: Reprodução Passando na Hora
“Ele sempre queria atuar do jeito dele, e não é assim que funciona no serviço público. Não aceitava cumprir escalas pré-programadas e simplesmente dizia: 'Não vou fazer”. Ele preparou tudo para explodir a delegacia. Encontramos máscaras de oxigênio no poder dele, porque ele planejou matar alguns policiais asfixiados, e pretendia ficar escondido na delegacia até amanhecer. Assim que ocorresse a troca de plantão, o alvo seria eu. O alvo principal, inclusive. Não entendo por que tanto ódio", disse o delegado Vasconcelos. “Ele não me matou, mas tirou a vida de policiais excepcionais, exemplares, pais de família, homens trabalhadores, do bem, alegres, vão deixar saudades a toda a comunidade da nossa região". Agora é hora de confortar os familiares dos meus colegas de trabalho e manter viva e digna a memória de cada um deles que se foram", afirmou o delegado Vasconcelos.
Foto: Reprodução
Relembre o caso O suspeito inspetor Dourado chegou em uma moto ao local do crime por volta das 4h40, segundo a guarnição da PM que atendeu a ocorrência. Em seguida, teria entrado escondido pelos fundos e subido para o primeiro andar. No primeiro andar da delegacia, o suspeito teria encontrado um plantonista, o escrivão Antônio Cláudio, que fazia a segurança do restante da equipe, que estava dormindo. Cláudio pulou do primeiro andar para o térreo para tentar fugir, mas foi atingido pelas costas, segundo apurou o UOL. A vítima não sobreviveu. Em seguida, o suspeito teria seguido para os dormitórios, no térreo da delegacia, onde teria atirado contra os três policiais que dormiam em redes. Após o crime, a PM encontrou na delegacia um gás de cozinha que teria sido alterado para incluir conexões. A polícia acredita que a intenção do suspeito era matar as vítimas por asfixia. O suspeito também tinha uma máscara de proteção de gás, segundo a polícia. A polícia suspeita que o objetivo era matar policiais por asfixia durante a madrugada e ficar de tocaia até a troca de plantão, para matar outros colegas, incluindo o próprio delegado Vasconcelos. Após os disparos contra os colegas, o suspeito teria fugido em uma viatura da delegacia, a qual ele abandonou em uma unidade de saúde e depois foi para sua residência, onde fez uma ligação para um policial militar e se entregou já algemado com as própria algemas que ele usava no trabalho.
Fonte: Uol |
Última atualização ( Seg, 15 de Maio de 2023 20:45 ) |