Adeilson do Amaral de Sousa, conhecido como "Kiko", de 35 anos, líder de uma facção criminosa, foi preso na noite da última terça-feira (26 de dezembro de 2023) em um flat na Zona Norte de Teresina-PI. Adeilson é suspeito de ser o mandante dos assassinatos de um policial civil e de um analista judiciário do Tribunal de Justiça do Ceará, na cidade de Granja, no Ceará.

Segundo a Polícia Civil, Adeilson do Amaral de Sousa é apontado como sendo líder de um grupo criminoso e mandante do assassinato do inspetor da Polícia Civil do Ceará, Glicelio Felix de Almeida, de 41 anos, ocorrido na noite do dia 17 de dezembro deste ano (2023), e também investigado pela morte do analista judiciário Haroldo Ximenes Júnior, de 53 anos, em 31 de outubro deste ano (2023).

Foto: Polícia Civil do Piauí

Preso em Teresina-PI, líder de facção criminosa que mandou matar policial civil e analista judiciário, em Granja, no Ceará.

A prisão de Adeilson ocorreu em uma ação integrada das Polícias Civis dos estados do Ceará e Piauí, que identificaram que o suspeito teria fugido para Teresina-PI. Adeilson do Amaral foi localizado e preso em um flat no bairro Pirajá, na Zona Norte de Teresina. No local, foram encontrados diversos celulares, dinheiro e uma arma de fogo.

Foto: Polícia Civil do Piauí

Celulares, dinheiro e arma apreendidos no local onde o suspeito Adeilson foi preso.

Os policiais deram cumprimento ao mandado de prisão preventiva contra Adeilson do Amaral de Sousa, que será recambiado para Fortaleza, no Ceará, onde deverá ficar recolhido em um presídio à disposição da Justiça.

Os assassinatos do policial civil e do analista judiciário

O analista judiciário do Tribunal de Justiça do Ceará, Haroldo Ximenes Júnior, de 53 anos, foi assassinado a tiros no dia 31 de outubro deste ano (2023) na cidade de Granja-CE.

A vítima estava próxima de casa, quando foi atacada por dois homens armados que estavam em um carro. Haroldo foi atingido por vários disparos e morreu no local, já os suspeitos fugiram. Haroldo deixou a esposa e dois filhos.

Foto: Arquivo Pessoal

Analista judicial do Tribunal de Justiça do Ceará, Haroldo Júniooooooooooooo

Já o policial civil do Ceará, Glicelio Felix de Almeida, de 41 anos, foi morto a tiros em uma praça no bairro Boca do Acre, na cidade de Granja. Ele estava de folga, quando foi atacado por homens armados que fizeram vários disparos. A arma dele foi levada por um dos criminosos.

Foto: Arquivo Pessoal

Inspetor da Polícia Civil do Ceará, Clicelio Felix de Almeida.

Segundo a Polícia Civil do Ceará, Adeilson do Amaral de Sousa, conhecido como "Kiko", é líder de uma facção criminosa na região e apontado como o mandante dos assassinatos do policial civil Glicelio e do analista judiciário Haroldo Júnior.

Saiba mais detalhes sobre o assassinato do policial Glicelio

Quando Glicelio Felix chegou a uma praça, no bairro Boca do Acre, em Granja, na noite do último domingo (17), o adolescente informou aos comparsas sobre a localização da vítima. Dois homens se dirigiram ao local e um deles efetuou disparos contra o policial civil, que morreu no local.

Em poucos minutos, a Polícia Civil identificou os suspeitos e chegou até eles. Dois adolescentes foram apreendidos, enquanto um adulto (apontado como o autor dos disparos que mataram a vítima) foi morto em troca de tiros com policiais, de acordo com a PC-CE. A arma de fogo do policial foi recuperada. O caso segue investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

O delegado-geral Márcio Gutiérrez lamentou a morte do inspetor, que trabalhava no próprio DHPP. "A Polícia Civil está de luto, desde a perda do nosso inspetor. Imediatamente, nós montamos uma operação, no sentido de dar uma resposta rápida e efetiva àquele fato", garantiu.

Integrantes da quadrilha foram presos

A sequência da investigação da Polícia Civil sobre a facção criminosa que matou o policial civil levou à prisão de cinco integrantes da quadrilha, que tentaram fugir para o Estado do Piauí.

O grupo foi capturado no Município de Parnaíba-PI. Com eles, foram apreendidos um fuzil, pistola, dezenas de munições, drogas e dinheiro. Os suspeitos receberam voz de prisão e foram levados a uma delegacia, para serem autuados em flagrante pelos crimes de porte e posse ilegal de arma de fogo, tráfico de drogas e associação criminosa.