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Servidores administrativos em greve fecham portões da UFPI e paralisam Restaurante Universitário em Teresina |
Além de bloquear o acesso, os servidores também paralisaram o funcionamento dos Restaurantes Universitários do campus. Os manifestantes haviam fechado as duas entradas do Centro de Ciências da Natureza. O protesto deve durar até as 9h30. O setor tem portões de ferro que são fechados durante a noite, e na manhã desta terça (30), os portões não foram abertos. Apesar do protesto, as aulas estão acontecendo normalmente, mas alguns professores aderiram ao movimento, e cancelaram aulas. Servidores administrativos em greve fecham portões da UFPI e paralisam Restaurante Universitário em Teresina — Foto: Maira Campos/ g1 Piauí Servidores também fazem protestos nos campi da UFPI de Bom Jesus e Picos. Greve nas universidades e institutos federais As paralisações fazem parte de um movimento nacional que pede a valorização dos docentes, incluindo reajuste salarial. Procurado pelo g1, o Ministério da Educação (MEC) disse que "vem envidando todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação, atento ao diálogo franco e respeitoso com as categorias". (veja detalhes mais abaixo). Greve dos servidores No IFPI, servidores administrativos estão em greve desde 15 de março e a instituição emitiu nota oficial a respeito. Na Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), os servidores também estão em greve desde o dia 15 de março. Na UFPI, devido à greve dos servidores, alguns serviços sofreram alteração desde 15 de março, data de início da paralisação. A instituição divulgou informações sobre as mudanças, como no Restaurante Universitário do campus Ministro Petrônio Portella, em Teresina. Servidores administrativos em greve fecham portões da UFPI e paralisam Restaurante Universitário em Teresina — Foto: Maira Campos/ g1 Piauí Greve dos professores No IFPI, a greve iniciou oficialmente nesta segunda (15). Quanto à greve dos professores da UFPI, um dos movimentos que mais tem gerado dúvida entre estudantes e mesmo docentes, a Associação dos Docentes (Adufpi) informou que a greve está "com indicativo/construção de greve aprovada sem data de deflagração". Os representantes da categoria não divulgaram informações sobre a greve docente na UFDPar. Reivindicações Quais as reivindicações dos trabalhadores? Os grevistas requerem: reestruturação das carreiras; recomposição salarial; revogação de normas relacionadas à educação que foram aprovadas nos governos Temer (2016-2018) e Bolsonaro (2019-2022), como o novo ensino médio; reforço no orçamento das instituições de ensino e reajuste imediato de auxílios estudantis. O que diz o governo O que diz o governo? O Ministério da Gestão afirma que viabilizou, em 2023, um reajuste linear de 9% no salário dos servidores e de 43,6% no auxílio-alimentação. Segundo a pasta, foi o primeiro acordo firmado com as categorias nos últimos 8 anos. Para 2024, o governo diz que apresentou uma proposta de: elevar o auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil; aumentar 51% dos recursos de assistência à saúde; subir o auxílio-creche de R$ 321 para R$ 489,90. Esses itens estão sendo debatidos com as entidades educacionais em mesas específicas, segundo o que o Ministério da Gestão disse ao g1. O Sisasefe confirma que o diálogo dos sindicatos com o governo federal começou em junho de 2023, mas "o governo não mostrou um atendimento compatível às demandas da categoria até o momento". "A partir da reunião de 18/12/2023, os servidores federais da Educação Profissional, Científica e Tecnológica passaram a debater a possibilidade de construir uma greve — a qual foi aprovada em 27/03 com deflagração para 03/04", afirma a entidade de trabalhadores. Há previsão de retorno às atividades? Não. Qual é o posicionamento dos alunos? A categoria estudantil está dividida: a maioria, segundo fontes afirmaram ao g1, é contrária à paralisação.
Fonte: g1 |