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Corregedoria do TJPI abre sindicância contra tabelião e dois servidores após operação da PF |
![]() Inquérito da PF aponta que os três servidores – tabelião, o filho do tabelião e a tabeliã substituta – são suspeitos de ajudar uma organização criminosa especializada em fraudar documentos para venda de terras da União. Doze pessoas foram alvos da operação entre eles, o prefeito de Cajueiro da Praia-PI, Felipe Ribeiro (PT); da primeira-dama Clara Pereira; do secretário municipal de Governo, Thiago Ribeiro e a ex-prefeita de Cajueiro, Vânia Ribeiro, que é mãe do prefeito e atual Secretaria Municipal de Saúde.
O delegado da PF, Eduardo Monteiro, que preside o inquérito, solicitou o afastamento dos três funcionários e que o Tribunal de Justiça do Piauí faça uma correição no cartório. A Corregedoria divulgou nota, porém não esclareceu se determinou o afastamento dos servidores. Veja a nota: “A Corregedoria do Foro Extrajudicial do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí informa que está solícita à investigação promovida pela Polícia Federal. A Corregedoria Extrajudicial reafirma o seu compromisso com a transparência e integridade à sociedade piauiense, reforçando que qualquer ato ilícito comprovado será tratado com o rigor necessário que convém a esta Corregedoria, conforme a legislação vigente, com a maior celeridade possível.”
Foto: Ascom da PF Operação da PF combate grilagem de terras no Litoral do Piauí: Pelo menos 12 pessoas foram alvos da operação sobre grilagem de terras no Litoral do Piauí realizada na última quinta-feira (6 de junho de 2024) pela Polícia Federal. Entre os alvos de busca e apreensão estão as residências do prefeito de Cajueiro da Praia-PI, Felipe Ribeiro (PT); da primeira-dama Clara Pereira; do secretário municipal de Governo, Thiago Ribeiro e a ex-prefeita de Cajueiro, Vânia Ribeiro, que é mãe do prefeito e atual Secretaria Municipal de Saúde. O Cidadeverde.com entrou em contato com assessoria da prefeitura de Cajueiro da Praia que divulgará nota de esclarecimento. O delegado da Polícia Federal, Eduardo Monteiro, que preside o inquérito, informou que uma das áreas investigadas é de três hectares e foi comprada em 2018 no valor de R$ 20 mil. Segundo o delegado, após a regularização, um hectare do terreno foi vendido por R$ 1,5 milhão com um suposto esquema fraudulento entre prefeitura, empresa e cartório. Três funcionários do cartório – o tabelião, o filho dele e a tabeliã substituta foram também alvos de busca e apreensão. “Ocorreram buscas no cartório, em imóveis dos funcionários e em residências de outros investigados e pedimos uma correição no cartório para que faça uma varredura com base nas provas que já temos e em outras denúncias”, disse o delegado Eduardo Monteiro.
Segundo a investigação, os funcionários dos cartórios eram um dos braços para a falsificação de documentos. “Eles tinham um conluio com a empresa que fazia o programa de regularização de terras em Cajueiro da Praia, fraudando documentos e tentavam ludibriar a SPU (Secretaria de Patrimônio da União) e o Ministério Público Federal (MPF). Eles negociavam propina com terras na faixa de praia que são mais valorizadas”, disse o delegado. Segundo Eduardo Monteiro, a propina chegava a mais de R$ 10 mil.
Fonte: Portal Cidade Verde |
Última atualização ( Sex, 07 de Junho de 2024 19:17 ) |