O governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), assinou na última quinta-feira, 24 de dezembro de 2024, um contrato com o Banco do Brasil para a contratação de um empréstimo de R$ 730 milhões. O extrato do contrato, publicado no Diário Oficial do Estado, detalha a operação de crédito que visa investimentos em infraestrutura e outras áreas estratégicas.
Este novo financiamento soma-se a uma série de empréstimos contratados recentemente pelo governo, que, em 2024, já havia contratado R$ 2,5 bilhões junto ao Banco do Brasil. Além disso, o governo conseguiu aprovação para a captação de R$ 250 milhões, sendo R$ 100 milhões da Caixa Econômica Federal e R$ 150 milhões do BNDES, para projetos de desenvolvimento.
Em abril, o estado recebeu também R$ 2 bilhões para a realização de obras em 224 municípios. Essa quantidade de empréstimos tem gerado críticas e revelam a falta de resultados significativos a partir das viagens internacionais do governador, que alegavam de captação de recursos, e a percepção de que o governo federal não tem sido um bom parceiro político para o Piauí.
Caso contrário, não seriam necessários tantos empréstimos.
Além disso, o grande volume de contratações realizadas pode comprometer a sustentabilidade fiscal, prejudicando a capacidade de investimento em áreas essenciais como saúde, educação e segurança.
A dependência de financiamento externo também aumenta a vulnerabilidade a condições econômicas desfavoráveis, como juros elevados e flutuações cambiais, o que pode agravar a situação financeira do estado a longo prazo.
Fonte: Debate Piauí/Toni Rodrigues