Uma criança de 2 anos e um jovem de 18 anos morreram na tarde desta quarta-feira (1º de janeiro de 2025) com suspeita de envenenamento no conjunto Dom Rufino II, na cidade de Parnaíba, no Litoral do Piauí. Segundo o delegado Renato Pinheiro, outras 7 pessoas da mesma família também foram internadas.
O delegado Renato Pinheiro informou que a família recebeu peixes na noite de terça-feira (31 de dezembro de 2024) e nesta quarta-feira (1º de janeiro de 2025) ao comerem o alimento passaram mal. Os outros 7 familiares foram socorridos e encaminhados para o Hospital Regional Dirceu Arcoverde (Heda), em Parnaíba-PI. Os peixes foram dados à família por um homem ainda não identificado pela polícia.
Segundo a Polícia Civil do Piauí, as vítimas que morreram neste dia 1º de janeiro de 2025, são parentes de Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos, e João Miguel da Silva, de 7 anos, mortos em agosto de 2024 após comerem cajus envenenados em Parnaíba-PI.
De acordo com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o adulto morreu ainda na ambulância e a criança, após insuficiência respiratória e parada cardíaca, foi encaminhada ao hospital, mas não resistiu e foi a óbito.
De acordo com a Polícia Militar do Piauí, a família recebeu peixes do tipo manjuba na noite de terça-feira (31 de dezembro) e, na tarde desta quarta-feira (1º de janeiro de 2025), após consumirem o alimento, começaram a apresentar sintomas graves de intoxicação.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para o atendimento, mas o irmão e o primo dos meninos Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos, e João Miguel da Silva, de 7 anos, mortos envenenados no ano passado, também acabaram morrendo neste dia 1º de janeiro de 2025, também suspeitos de envenenamento.
Relembre o caso das crianças
Os meninos Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos, e João Miguel da Silva, de 7, morreram em agosto e novembro de 2024, respectivamente, após comerem cajus envenenados. O caso gerou grande comoção e resultou na prisão de Lucélia Maria da Conceição Silva, vizinha das crianças, acusada de homicídio qualificado.
Segundo a investigação, Lucélia teria entregue às crianças um saco de cajus envenenados com terbufós, um inseticida altamente tóxico. Ela foi indiciada por dois homicídios consumados e homicídio tentado contra outras pessoas da família.
Lucélia permanece presa na Penitenciária Mista de Parnaíba, no Norte do Piauí, e responde pelas qualificadoras de motivo fútil, uso de veneno, recurso que dificultou a defesa das vítimas e crime contra menores de 14 anos.
Agora, a Polícia Civil do Piauí analisa se o novo episódio está relacionado ao caso anterior ou se trata-se de um incidente isolado.
Fonte: G1 Piauí e Portal Meio Norte