A diplomata Glivânia Maria Oliveira (na foto, com Lula) passará o 8 de janeiro em Caracas, capital da Venezuela. Ela é a embaixadora do Brasil na ditadura de Nicolás Maduro.
O Itamaraty não dá mais informações sobre sua agenda nesta quarta, 8.
Glivânia tem mantido um baixíssimo perfil.
Faltando dois dias para a posse do ditador Maduro para um terceiro mandato, Glivânia e o Itamaraty ainda aguardam um convite para a cerimônia oficial do dia 10.
Incongruência
A presença de Glivânia em Caracas contrasta com o discurso de defesa da democracia de Lula no segundo aniversário da invasão das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023.
O Brasil não está no grupo dos países que condenaram a fraude eleitoral do dia 28 de julho, e que por causa disso tiveram as relações diplomáticas rompidas com a ditadura.
Também não está entre os europeus que, mesmo mantendo relações, já anunciaram que não enviarão representantes para a posse do tirano.
Não há no Brasil um governo com estatura moral para tomar uma decisão como essa.
“Ao enviar um representante e até mesmo avaliar a possibilidade da ida de Lula para Caracas, que nem foi formalmente convidado, à posse de Maduro, o Brasil legitima a ditadura imposta pelo venezuelano. A incongruência ganha ares ainda mais fortes, quando se discute internamente a defesa da democracia com atos para rememorar o lamentável episódio de 8 de janeiro. Democracia relativa não é democracia e soa mais como casuísmo“, diz o cientista político Bruno Soller.
Abraço da Democracia
Nesta quarta, 8, o presidente Lula participará de vários atos em Brasília para lembrar do 8 de janeiro.
À tarde, ele vai participar de uma descida da rampa do Palácio do Planalto, em um evento…
Fonte: O Antagonista/Duda Teixeira