Nas próximas semanas, o governo Lula (PT) lançará a campanha “É meu, é seu, é do Brasil”, idealizada pelo secretário de Comunicação da Presidência (Secom), Sidônio Palmeira, como tentativa de minimizar a crise instalada após a divulgação de novas regras de monitoramento de transferências via Pix, já revogadas, segundo revelou o jornal Folha de São Paulo.
A peça publicitária terá o objetivo de recuperar a confiança dos brasileiros no Pix, sob o argumento de que trata-se de um mecanismo de transferência seguro, confiável e sem cobrança de taxas.
A Secom comunicou as agências responsáveis pela publicidade do governo os detalhes do que será veiculado.
Terceirização da culpa
Lula reuniu os ministros na Granja do Torto para isentar-se da responsabilidade sobre os problemas de seu governo na última segunda-feira, 20.
“Daqui para a frente, nenhum ministro vai poder fazer portaria que depois crie confusão para nós sem que essa portaria passe pela presidência da República através da casa Civil. Muitas vezes a gente pensa que não é nada, mas alguém faz uma portaria, alguém faz um negócio qualquer, daqui a pouco arrebenta e vem cair na Presidência da República”, discursou para o ministros.
Os alvos da bronca eram o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Os dois foram responsabilizados pela crise do Pix.
Haddad culpa Bolsonaro
Já Fernando Haddad afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou indiretamente do vídeo viralizado do deputado Nikolas Ferreira (PL) sobre o monitoramento nas transações via Pix.
“Tenho para mim que o Bolsonaro está um pouco por trás disso, porque o PL financiou o vídeo do Nikolas. O Duda Lima [marqueteiro] foi quem fez o vídeo“, disse à CNN Brasil.
Já com mais de 315 milhões de visualizações, o vídeo de Nikolas foi o estopim para o início da crise enfrentada pelo governo Lula.
Fonte: O Antagonista