O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que os atos de 8 de janeiro foram uma "agressão inimaginável" às instituições, mas não configuram uma tentativa de golpe de Estado. Em entrevista a uma rádio da Paraíba, Motta disse que um golpe exige liderança e apoio institucional, o que, segundo ele, não ocorreu. Para o deputado, os responsáveis pelos ataques eram apenas vândalos inconformados com a eleição de Lula.
A declaração de Motta ocorre em meio ao debate sobre um projeto de lei que pode anistiar os condenados pelos atos. O parlamentar evitou se comprometer com a votação da proposta, afirmando que o tema ainda está em discussão e requer diálogo com diferentes forças políticas.
O posicionamento do presidente da Câmara contrasta com a visão do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal, que classifica o episódio como uma tentativa de golpe. Pesquisas do Datafolha indicam que 65% dos brasileiros veem os ataques como vandalismo, enquanto 30% os consideram uma tentativa golpista.
Motta destacou sua posição de equilíbrio à frente da Câmara, reforçando que recebeu apoio tanto do PL quanto do PT e que sua condução da Casa deve ser isenta. O debate sobre os eventos de 8 de janeiro e a possível anistia aos envolvidos segue como um dos temas centrais da política nacional.
Fonte: Portal Debate Piauí