Na manhã desta quarta-feira (18 de dezembro de 2024), o Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (Sinpolpi) realizou uma manifestação em frente à Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), reivindicando melhorias salariais para os agentes e escrivães. Essa é a segunda manifestação na Alepi em 24 horas.
Além das melhorias salariais, os agentes denunciam irregularidades e ilegalidades nas atividades de trabalho, como falta de banheiros e alojamentos femininos em delegacias. O presidente do Sinpolpi, Isaac Vilarinho, afirmou que a manifestação acontece pela falta de diálogo entre os agentes da Polícia Civil e o governo de Rafael Fonteles (PT).
“A manifestação dos policiais civis hoje aqui, é contra a não valorização do Governo do Estado para os agentes e escrivães do Piauí. Nós fomos a única categoria do Estado que não fechamos acordo com o Rafael Fonteles, porque o secretário Chico Lucas não soube conduzir a política de valorização desses homens e mulheres que aqui se doam diuturnamente para proteger a sociedade. Então hoje nós viemos até a casa do povo, viemos até aqui a Assembleia, estamos dizendo, deputados, nossos representantes, precisamos ter um entendimento e precisamos de vocês para que os agentes e escrivães do Piauí possam avançar nas suas reivindicações”
Isaac Vilarinho declarou que não tem medo de ameaça de processo e que Chico Lucas trouxe caos para a segurança do Piauí.
“E que ele me interpele judicialmente, que eu não vou ter medo de ameaça de processo em reunião. Eu não tenho medo, porque eu represento vocês. Francisco Lucas não foi eleito. Ele disse que não se importa de perder politicamente os agentes e escrivães. Se a gente não dá voto, a gente tira voto. É o homem que trouxe o caos para a segurança pública do Estado. Queremos falar para Rafael Fonteles: Tu pode comprar todo o estado, mas não compra os agentes e escrivães do Piauí. Se uma parte da Polícia Civil resolveu se alinhar ao Governo, o problema é deles”, pontuou Vilarinho.
O presidente da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), Adriano Bandeira, esteve presente na Alepi, e afirmou que foi comunicado de uma crise na Polícia Civil do Piauí.
“Nós fomos comunicados em Brasília que estava tendo uma crise no Denarc, onde policiais estavam sendo ameaçados do seu direito sindical, de reivindicar, por uma autoridade que chamou a Polícia Militar para finalizar e dar ordem de prisão, segundo os relatos, para os policiais civis manifestantes naquele momento. Eu lamento ter chegado aqui no Piauí e não conseguir convencer o secretário que está intransigente, falando em nome do governo, e fechando as portas para um diálogo que possa trazer resultados”, pontuou Bandeira.
No início do mês de dezembro, o sindicato já havia enviado para a Secretaria de Segurança Pública (SSP), uma cartilha com 17 pontos levantados pelo Movimento Polícia Legal, em que o secretário Chico Lucas havia determinado o cumprimento de sete, entre eles pagamento de horas extras e noturnas, proibição do uso de viaturas em atividade diferente das diligências policiais, e que delegacias de polícia que não são sede de Delegacia Seccional funcionem de segunda a sexta-feira das 8h às 18h.
Fonte: OitoMeia