O governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT) iniciará no dia 3 de julho mais uma viagem internacional, desta feita à Europa. Será a 14ª viagem ao exterior em dois anos e meio. O custo, ninguém sabe. Estima-se, até agora, em R$ 20 milhões, aproximadamente. Os resultados práticos também são desconhecidos.
Em discurso na Assembleia Legislativa do Piauí, o deputado B. Sá (PP) disse que o governador Rafael Fonteles precisa ser transparente. Precisa aprender os resultados dessas viagens. O que de bom estão gerando à população do Piauí?
Outra questão importante: Por que o governo não libera informações claras sobre gastos em cada viagem? Somente em 2025 teriam sido aplicados nada menos que R$ 3,4 milhões nos deslocamentos do governador Rafael Fonteles ao exterior. O chefe do Executivo conta com uma bancada fiel e, esta, talvez, seja sua única conquista ao longo do período: aprovar tudo o que deseja, com o aval de uma maioria amestrada naquela Casa.
Em oportunidades anteriores, a deputada Gracinha Mão Santa estava ganhando protagonismo ao questionar os gastos e resultados dessas viagens. Mas, de uma hora para outra, e de forma plenamente explicável, ela silenciou. Ancorada na possibilidade de filiar-se ao MDB, partido da base governista, a parlamentar opta pelo silêncio, que hoje considera precioso, ao invés do espalhafato, que é como trata, na atualidade, o movimento de busca de informações e de transparência.
Deputados estaduais deveriam apresentar questionamentos claros e colocar isso abertamente para a população. No entanto, a falta de transparência do governo e ausência quase que completa de ação da Assembleia, a não ser em casos pontuais e que gritam na opinião pública, comprometem severamente a confialidade das instituições no Piauí. A oposição conta atualmente com pouquíssimos parlamentares, e citaríamos aqui os exemplos de B. Sá e Gustavo Neiva, entre os que se fazem notar. Os demais, mesmo na oposição, optam pelo mutismo, e nos bastidores até justificam: em boca fechada não entra mosquito, conforme antigo ditado popular.
Fonte: Portal Debate Piauí/Toni Rodrigues